sábado, 30 de maio de 2009


"A gente tinha uma insatisfação que não passava.

Fomos conversando sobre a força dos nossos usos e costumes.

Deu muita vontade de aprender mais,

para poder também ensinar um dia.

A vida tem que ter um sentido, uma sequência.

(...) Hoje eum sei quem sou. Estou em paz.

Minha língua, minha cultura, são muito ricas e bonitas.

Elas são nossa identidade.

Sei da beleza e da força da natureza.

Sinto a força do pensamento.

Quando ele é firme não existe nada impossível,

nem nada superior ou inferior."


(
Raimunda Yawanawá ; a primeira mulher do povo Yawanawá a tornar-se pajé, falando sobre os motivos de sua escolha e seu pensamento hoje em dia)


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LIVRO ENSINA PESSOAS A CONVIVEREM PACIFICAMENTE COM ONÇAS

Publicação traz dicas de como proteger o gado do felino.
Autor afirma que há uma cultura de caça ao animal.

Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em São Paulo


É possível que seres humanos e onças pintadas consigam compartilhar em paz o mesmo ambiente? O livro “Guia de convivência gente e onças”, lançado recentemente pela Fundação Ecológica Cristalino, de Mato Grosso, diz que sim. Focando pecuaristas do Pantanal e da Amazônia, a publicação dá dicas de como proteger o gado dos ataques do felino e lista uma série de motivos para que não se matem as onças pintadas.

Segundo o biólogo Sílvio Marchini, autor do livro, o desaparecimento do animal não se deve apenas à perda de seu ambiente natural, mas também a uma cultura de matar onças. “No Pantanal, por exemplo, caçar onça é uma tradição. Eles encaram isso como parte da identidade pantaneira”, afirma. “Por outro lado, na fronteira agrícola [onde começa a floresta amazônica] há uma população que veio de locais onde não existem mais onças, ou nem mesmo florestas, que muitas vezes são vistas como um obstáculo a ser vencido.”

Para muitos fazendeiros, a onça é encarada como um prejuízo à sua atividade econômica. De acordo com Marchini, nos locais onde o animal ainda é comum, os ataques do felino são responsáveis pela perda de 1 a 2% do rebanho todo ano. Por causa disso, seu livro tem uma seção especial explicando como os fazendeiros podem proteger seus bois do animal sem matá-lo.

Uma das dicas é não caçar as presas naturais das onças, como veados e porcos-do-mato. Outra recomendação é manter os bezerros e as vacas prenhes perto da sede da fazenda, evitando que eles fiquem próximos às áreas preferidas pelas onças.

Ataque a humanos


O grande medo que as pessoas sentem do felino brasileiro é exagerado, segundo o autor do livro. “Talvez tenhamos esse medo inato. Mas não temos medo dos perigos modernos, como acidentes de carro ou colesterol, que matam muito mais”, argumenta. Segundo Marchini, são raríssimos os casos em que onças atacam sem ser provocadas.

Na publicação, ricamente ilustrada, um gráfico mostra que mosquitos, cobras, abelhas e até mesmo os cães domésticos são responsáveis por muito mais mortes de pessoas ao redor do mundo do que as onças.

Coleção de argumentos


O perigo de extinção das onças pintadas se deve principalmente à grande área necessária para sua sobrevivência. No Brasil, um único macho pode demarcar uma área de até 100 quilômetros quadrados, onde não permite que outros machos entrem. Segundo o biólogo, isso faz com que reservas ou parques inteiros não sejam suficientes para abrigar uma única família de onças.

Um dos efeitos colaterais da necessidade de espaço desses animais é que eles acabam saindo de áreas protegidas, entrando em fazendas e se expondo a perigos. “As áreas dos entornos dos parques acabam sendo um sumidouro dessas espécies. Eles saem dos parques e acabam morrendo. A longo prazo, as populações desaparecem”, afirma Marchini. “Essa constatação reforça a importância de mudar a cabeças das pessoas que vivem nos entornos dos parques”, defende.

Além de motivos ecológicos – como o equilíbrio dos ecossistemas pantaneiro e amazônico –, no livro o biólogo cita razões econômicas, culturais e até mesmo emocionais para que são se matem as onças pintadas. “Pela mesma razão que tombamos edifícios históricos e abrigamos obras de arte em museus, nos sentimos apegados às onças o suficiente para preferir que elas continuem existindo”, diz trecho da publicação.

Baixe o livro na íntegra:
http://www.escoladaamazonia.org/html/html_br/resultados/publicacoes_guiagenteoncas.php

fonte:http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL839631-16052,00-LIVRO+ENSINA+PESSOAS+A+CONVIVEREM+PACIFICAMENTE+COM+ONCAS.html

domingo, 24 de maio de 2009

Pela paz

A paz verde reina absoluta
nos corações elementais
Configura hábitos de conduta
das criaturas menos normais

A paz líquida transfere seu frescor
aos corações sensíveis
Transfigura almas cheias de dor
em pessoas acessíveis

Inspiremos o ar elemental
da floresta-lar
berço da paz mundial

Reconquistemos o fundamental
equilíbrio-par
do homem e seu original

Anorkinda

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sábado, 23 de maio de 2009


CURUMIM

INTEGRA POR MIM

TUA TERRA

E TUA LÍNGUA

PRA QUE EU

POSSA ASSIM

TE VER POR INTEIRO



Cultura indígena integra currículos

Secretaria Municipal de Porto Alegre -Rio Grande do Sul


Cada vez mais, a história e o legado dos povos indígenas passam a integrar o currículo escolar. Na rede municipal da Capital, desde o ano passado, professores têm formação para que possam integrar o tema às suas disciplinas. Segundo a coordenadora da Assessoria de Relações Étnicas da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Adriana Santos, a lei 11.645/2008 prevê a inclusão da história e da cultura indígena nas escolas regulares. ‘Mas já vínhamos fazendo esse trabalho informalmente e, desde o ano passado, intensificamos essa ação.’

Adriana explica que a Smed trabalha com o conceito de relacionamento entre as raças, numa lógica de sensibilização e percepção da importância da cultura desses povos. Com a formação docente, a temática começa a ser incluída na grade curricular. ‘É fundamental trabalhar o tema não apenas em datas comemorativas, como o Dia do Índio, mas ao longo do ano’, assinalou.
Adriana revela que a rede ainda abriga estudantes descendentes de indígenas. ‘E o nosso trabalho é fazer com que professores entendam porque os hábitos e os costumes dessas pessoas são tão diferentes.’

Entre 2007 e 2008, a Smed abrigou dois estudantes charruas, ‘que falavam português, mas eram muito tímidos. Como tinham sotaque, foi preciso um trabalho para que o próprio professor entendesse os hábitos do povo’. De acordo com Adriana, em geral, os indígenas apresentam dificuldade em se adaptar, e há problema na compreensão de suas ações. Pedir emprestado uma borracha e não devolver, por exemplo, deve considerar que na cultura indígena tudo é da comunidade. Por isso, ressalta o trabalho demorado.

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RS possui 53 escolas indígenas e 5.454 alunos índios

A preocupação com valores e cultura indígena é o principal foco pedagógico da Secretaria Estadual da Educação (SEC) junto às escolas em aldeias. O RS possui hoje 53 escolas indígenas (50 estaduais e três municipais – sendo uma em Engenho Velho e duas em Três Palmeiras). Ao todo, 5.454 índios estão na escola, envolvendo 310 professores.

A responsável pela Educação Escolar Indígena da SEC, Jeni Reck, revela que as escolas de Ensino Fundamental foram construídas dentro das próprias aldeias e os professores são, preferencialmente, indígenas. ‘Especialmente nas séries iniciais, a proposta é manter docentes índios, justamente para que possam trabalhar com a cultura deles.’ A primeira língua falada é o guarani, mas o português também é aprendido. ‘Trabalhamos a cultura e a tradição, e o cacique também participa das aulas passando ensinamentos.’

Os indígenas ainda aprendem os conteúdos do currículo regular, como operações matemáticas e corpo humano, de forma contextualizada. Na sua avaliação, a escola tem grande aceitação e é o centro da comunidade. Jeni admite casos de repetência e afirma não ter problemas com disciplina. As escolas estaduais indígenas são apenas de Ensino Fundamental e, a partir do Ensino Médio, os escolares se inserem na rede regular. ‘Alguns se adaptam e outros desistem. Está em estudo na SEC que o Ensino Médio também passe a ser lecionado nas aldeias.’

A SEC informa capacitar docentes indígenas; e oferecer merenda escolar com cardápios elaborados junto com a comunidade indígena.

25 de abril de 2009 por Silvana Losekann

mais informações: http://www.defender.org.br/cultura-indigena-integra-curriculos/
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quinta-feira, 14 de maio de 2009

MADRE TIERRA





Madre tierra
Madre vida

Yo le canto el padre sol
Llevantado en el largo de la vida
La medicina de tú amor
Que nos cure que nos cure
cada herida

Madre tierra
Madre vida

Llevamento corazón
Madre querida protege nuestras vidas
la medicina de tu amor
que nos cure que nos cure
cada herida

Madre tierra
Madre vida
yo te entrego el corazón
llevantando en el largo de la vida
la medicina de tu amor
que nos cure que nos cure
cada herida

Madre tierra
Madre vida

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Alma de india triste

Peço a Guaraci que me ajude
que me proteja de tamanha dor
e que Jaci de noite me rodeie
que insone vago neste mar de açoite
e ja não sei onde olhar por mim...

Rudá não viu...deixou que ele se fosse...
levando assim meu coração com ele
e desde então o dia virou noite
e meu suplicio vaga mansamente

Meu coração,arrancado do peito...
cortou os céus nas garras de uirapurú
foi dado então a Anhangá
pelos olhos verdes cores deste mar
que deu a Caapora pra esconder na mata

Ainda sinto o coração bater
ele era meu,mas ja não posso ter
está plantado no peito da estrada
onde ninguem jamais poderá ver

ja enchi lagos,cachoeiras,rios
de minhas lagrimas,sempre a rolar
ja chorei tanto por este peito frio...
que fiz o mundo de Boiúna.

Márcia de Sá

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Ayruman

Laboratório Multimeio














(Lenda do Açaí. Anita S. Aiko)


Este site, é fruto de uma longa jornada de militância na área do ensino da Arte Educação, tanto em escolas de primeiro, segundo e terceiro graus como em instituições culturais, centros comunitários, etc.

Na sua essência, ele é um marco que define a trajetória de Vida de quem sempre acreditou na Arte como um processo de evolução das potencialidades do ser humano. Seu conteúdo não se restringe apenas as oficinas de Artes Plásticas, mas lança um leque de opções que abrange outras áreas do conhecimento humano a saber...

Textos educativos sobre Arte e Educação, textos selecionados versando sobre artes plásticas (processos criativos, instrumentos e materiais), arteterapia, meio ambiente, poemas, mitos e lendas.

Concluindo seu conteúdo expressa a intenção de perceber o verdadeiro sentido da Vida, ou seja, não existe limite entre as diferentes faces do conhecimento universal e na essência, todas as coisas estão intrinsecamente ligadas formando com isto, a verdadeira expressão do “Amor Divino”.

João Batista Conrado


( Origem do Fogo. Autora: Ocleidemar )


Um povo sem cultura é um povo sem raízes. Um povo sem raízes não tem identidade própria; é um rebanho desnorteado, passível de todas as intempéries e sendo assim não existe. O objetivo das atividades não é dar fórmulas prontas, receitas de bolos, viroses do modismo. Entregar ao educando, um roteiro rígido e já definido, mas sim, provocar no aprendiz a iniciativa própria, o resgate da auto-estima, o interesse pela pesquisa, a disposição de encarar desafios e superar limites. Sair do lugar comum e começar tudo de novo se preciso for. Como referencial de pesquisa temos o incomensurável mosaico cultural dos povos da América Latina, onde nas mais diferentes etnias, podemos nos inspirar em seus rituais sagrados, suas crenças, memórias, costumes, lendas e mitos. O retrato fiel da “Alma de um Povo”.

(jbconrado).
http://www.ayruman.com.br/
http://www.ayruman.com.br/v1/oficinas/oficinas.php

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"A sociedade vê as áreas indigenas como um empecilho

ao denvolvimento, quando é o contrário,

você ter povos indigenas cuidando de terras

é um avanço, é uma coisa positiva,

porque eles tem muito a nos ensinar,

eles historicamente eles viveram nesses lugares,

tiraram seu sustento e nunca degradaram."

Vicente Puhl

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A LENDA DA
COBRA GRANDE














(Arte de Paulo Felipe M. Olimpo

Ticuna - O Livro das Árvores. 1997)



Há muito tempo, existiu em uma das tribo do Amazonas, uma mulher muito perversa que inclusive, devorava crianças.

Para por fim a tantas dores causadas por ela, a tribo decidiu atirá-la no rio, pensando que ela morreria afogada e nunca mais viesse a perseguir ninguém. Porém, Anhangá, o gênio do mal, decidiu não deixá-la morrer e casou-se com ela, dando-lhe um filho.

O pai transformou o menino em uma cobra, para que ele pudesse viver dentro do rio. Porém, logo a cobra começou a crescer e crescer...

O rio tornou-se pequeno para abrigá-la e os peixes iam desaparecendo devorados por ela.

Durante a noite seus olhos iluminavam como dois faróis e vagavam fosforescentes por sobre os rios e as praias, espreitando a caça e os homens, para devorá-los.

As tribos aterrorizadas, deram-lhe o nome de Cobra Grande.

Um dia a mãe da Cobra Grande morreu. Sua dor manifestou-se por um ódio tão mortal que de seus olhos brotavam flechas de fogo atiradas contra o céu e dentro da escuridão, transformavam-se em coriscos.

Depois deste dia, ela se recolheu e dizem que vive adormecida debaixo das grandes cidades.

Contam também que ela só acorda para anunciar o verão no céu em forma de Serpentário, ou durante as grandes tempestades para assustar, com a luz dos relâmpagos, as tribos apavoradas.

http://www.sumauma.net/amazonian/lendas/lendas-cobragrande.html


sábado, 9 de maio de 2009


DIRETO DO BLOG DA CHRISTIANE TORLONI :


Nos últimos dias, conseguimos uma grande vitória! Teremos uma VIGÍLIA AMAZÔNICA INTERATIVA na próxima terça feira, em Brasília, a partir das 18 horas, no plenário do Senado Federal.

Publico logo abaixo a nossa convocação!

CONVOCAÇÃO

No dia 13 de maio, próxima quarta-feira, estaremos fazendo uma Vigília Amazônica no plenário do Senado Federal.

A Vigília, que será interativa, ocorrerá das 18 às 24 horas e estamos fazendo uma convocação para que as pessoas acompanhem pela TV SENADO e participem enviando suas sugestões, comentários e protestos através do telefone ALÔ SENADO: 0800 61 22 11, ou do email scomcmmc@senado.gov.br.

Estamos a beira de um grande retrocesso na votação de emendas que flexibilizarão o Código Florestal e mesmo a Constituição.

A Vigília é um alerta geral! Divulguem e participem!

ALÔ SENADO: 0800 61 22 11scomcmmc@senado.gov.br

AJUDEM A DIVULGAR!!! REPASSE ESTA MENSAGEM PARA TODOS OS AMIGOS DA SUA LISTA!!! É MUITO IMPORTANTE!!!

”Amazônia para Sempre”

Fonte: http://bloglog.globo.com/christianetorloni/

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OS POVOS INDÍGENAS DO TOCANTINS

O Tocantins apresenta uma população aproximada de 6.000 índios, que continua a crescer. Vivem no estado os Xerente (povo Akwen), os Karajá, Javaé e Xambioá (povo Iny), os Apinajé ( povo panhi) e os Krahô (povo Meri).

Esses povos têm uma cultura rica e uma história de luta pela sobrevivência e mantêm rituais e festas com uma forte ligação com o seu passado.

Uma contribuição fundamental para a percepção dos sentimentos antigos dos povos são os projetos de educação para formação de professores bilíngües. No Tocantins, o Governo do Estado está qualificando professores das escolas nas aldeias, visando ensinar crianças e jovens a escrever e ler na própria língua, possibilitando o resgate da historia oral dos povas indigenas e a valarização de sua cultura e tradição. Já são 61 escolas atendendo 2.269 alunas.

Os pavas indígenas da Tocantins têm uma organização social e politica propria que lhes sustenta, correspondendo a um processa de crescimento
demagrafico e a retomada de seus valores culturais que constituem não somente para a Estado, mas para a humanidade, um patrimônio de diversidade.

O povo Karajá, Javaé e Xambioá

Os Karajá, Javaé e Xambioá são o mesmo povo e se autodenominam Iny. Pertencem ao tronco linguístico Macro-Jê, família Karajá e língua Karajá. Os tres grupos falam a mesma língua e vieram migrando do Norte, baixo Araguaia antes de 1500. Mantiveram suas aldeias separadas em virtude da luta com o nao-índio. Os Karajá sao, sobretudo, pescadores e coletores, embora hoje també faςam roςas.

Segundo Darcy Ribeiro, es tes índios migraram sempre, até chegar a Ilha do Bananal. Lá vivem hoje 1.600 habitantes Karajá em oito aldeias, e 849 Javaé a margem do rio Javaé em nove aldeias. Os Xambioá conhecidos pelo seu povo como Hirarumarandu, ou "Karajáde baixo", vivem hoje em duas aldeias, com uma populaςao de 182 pessoas, próximos as cidades de Santa Fé e Xambioá.

A festa do Hetoroky, ou iniciaςão do menino para a fase adulta, reúne famílias Karajá de aldeias distantes e é comemorada com danςas, lutas e comida farta, mantendo uma forte ligaςao com suas origens.Os Karajá tem tradiςão na arte de fazer cerâmica. As mulheres oleiras fazem figuras de animais, figuras míticas, representaςoes do cotidiano e, principalmente, as bonecas ritxokô, vendidas como artesanato.

Aldeias Kara¡á: Santa Isabel do Morro, Fontoura, Tutemã;
Aldeias Javaé: Txuiri, Gantanã, Boto Velho, Wari Wari, São João, Cachoeirinha, Manalu
é , Barreira Branca, Imonti;
Aldeias Xambioá: Xambioá
e Kurerê.

O Povo Xerente

Os Xerente se autodenominam Akwen, que significa "indivíduo", "gente importante". Eles vieram, provavelmente, das terras secas do Nordeste até o Norte, onde encontraram abundancia de áqua. Os primeiros contatos com os bandeirantes datam de 1738.

Em 1840, os Xerente aceitaram o aldeamento de Teresa Cristina, atual Tocantíia, proposto pelo franciscano frei Antonio de Ganges. Hoje vivem na margem direita do rio Tocantins, numa área de 183.542 hectares (junto a área do Funil), próximos a cidade de Tocantínia. Sua população é de 1.800 pessoas, distribuías em trinta e uma aldeias. Sua sobrevivência sempre veio da terra e do rio, da pesca, da caça e, principalmente, da roça de subsistência, a chamada "Roça de Toco", onde plantam o milho, o arroz e a mandioca. Produzem artesanato com palhas de babaçu. São cestas, balaios, esteiras, cofos, redes e bolsas.

Pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê e estão em contato com os não índios há aproximadamente duzentos anos. Juntam tudo que aprenderam com as comunidades vizinhas e retomam suas vidas com consciência e respeito a sua história. Em quase todas as festas praticam a corrida de toras, onde homens e mulheres demonstram sua força e coragem.

Aldeias Xerente: Funil, Bela Vista, Cercadinha, Brejo Comprido, Serrinha I e II, Centro, Agua Fria, Rio do Sono, Mirasol, Recanta, Baixa Funda, Brejinha, Salto, Porteira, Aldeia Nava, Sangradouro, Lajeadinho, Cabeceira, Morrinho, Recanto da Agua Fria, Novo Horizonte, ZéBrito, Aldeinha, Rio Preto, Bom Jardim, Paraío, Baixão, Traíra, Ponte, Mirasol Nova.

O povo Krahô

Vive numa área demarcada de 302.533 hectares, próxima as cidades de Itacajáe Goiatins, em 15 aldeias e uma população de 1.500 pessoas. A reserva onde vivem hoje é considerada a maior área de cerrados inteiramente preservada do Brasil.

Pertencem ao tronco lingüístico Macro-Jê, da família Jê, descendentes dos Timbiras setentrionais. No final do século XVIII, habitavam a região do Rio Balsas no Maranhão. A aldeia de Pedro Afonso foi fundada em 1849 pelo missionário frei Rafael de Taggia. Os Krahô sempre enfrentaram a pressão colonizadora. Em 1940, sofreram un violento massacre desfechado por criadores de gado, fato que continua vivo na memória de seus habitantes mais velhos. Entreimportante para o dia-a-dia da aldeia. Possuem muitas crenças, acreditam que todos os seres sejam animais, vegetais ou minerais, e têm alma, que chamam de Karõ.

Os Krahô negociam com os brancos como meio de promover sua sobrevivência na relação interétnica. Assim ganham uma " os índios Krahô, as terras pertencem a todos da tribo. As aldeias sao politicamente independentes, construídas em forma circular, com um grande pátio no centro onde a tribo se reúne para decidir as divisões do trabalho e tudo que seja certa independencia" e podem manter sua identidade já que possuem terras.

A noite, os Krahô se reúnem para cantar, brincar e contar histórias. Apesar de enfrentarem inúmeras dificuldades em suas terras, eles conseguem manter suas tradições e cultura.

Aldeias Krahô: Rio Vermelho, Manoel Alves Pequeno, Cachoeira, Pedra Branca, Macaúba, Pedra Furada, Campos Lindos, Agua Branca, Riozinho, São Vidal, Morro do Boi, Serra Grande, Forno Velho, Santa Cruz e Lagoinha.


O povo Apinayé

Os Apinajé pertencem ao tronco Macro-Jê, famíia Jê descendentes do grupo Timbira e vivem numa área demarcada, a partir de 1985, de 141.904 hectares, próximos aos municípios de Tocantinópolis, Maurilândia e Lagoa de São Bento. Sua população atual é de 1.000 habitantes, distribuídos em, sete aldeias. Os primeiros registros datam de 1774. Eram conhecidos como grandes guerreiros, "os poderosos ídios da região Norte". O confronto com os exploradores de ouro provocou doenças e guerras, obrigando os apinayé a viverem em aldeias para a sobrevivência da comunidade.

Hoje, eles têm suas aldeias localizadas no campo e utilizam a mata para a caça e a agricultura. Fazem a coleta do babaçu, extraem o óleo das amendoas e aproveitam as folhas para fabricar utensílios domésticos e cobrir suas casas. Nas testas e rituais, mantêm o casamento e o batizado, realizados no verão, época da colheita. Quando vão preparar as roças, percorrem uma longa distância, a procura de mata e terras para a plantação de milho e suas variedades. Muitas vezes fazem acampamento por lá e ficam durante vários dias com toda a família. O trabalho é dividido. As mulheres trazern lenha, coletam frutos, cuidam das crianças e produzem artesanato; os homens caçam, pescam e trabalham na roça.

Aldeias Apinajé: São José, Mariazinha, Butica, Riachinho, Cocalinho e Bonito.

Textos extraídos de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.


Fonte: http://www.brasilbar.com/palmas/tocantinsindios.htm


sexta-feira, 8 de maio de 2009

O GRITO DA BANDA MEXICANA MANÁ...



Justicia, Tierra y Libertad

Justicia, Tierra y Libertad
Justicia, Tierra y Libertad

Oye tu mi canto
Oyelo, Oyelo
Oye tu mi llanto
Oyelo, Oyelo

Hermanos y hermanas de otras razas
de otro color y un mismo corazon
rezas y rezas y nada enderezas
por eso hagamos la revolucion, de amor
Oye

Estamos exigiendo todo el respeto
respeto al indio y a su dignidad
ya lo dijo Villa, dijo Zapata

Justicia, Tierra y Libertad
Justicia, Tierra y Libertad

Oye tu mi canto
Oyelo, Oyelo
Oye tu mi llanto
Oyelo, Oyelo
Oye tu mi canto
Oyelo, Oyelo
Oye tu mi llanto
Oyelo, Oyelo

Como tendriamos libertad?
Como tendriamos dignidad?
Como desearia yo
Como desearia el amor

Cuando tendremos la democracia?
Cuando tumbemos la burocracia
Cuanto desearia yo
Menos demencia y mas amor

Amor, dolor, amor
Oye tu mi canto

Justicia, Tierra y Libertad
Justicia, Tierra y Libertad
Justicia, Tierra y Libertad