sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
O
SILÊNCIO
Quebrando o Silêncio é um documentário baseado na linha do cinema verdade, que traz depoimentos reais de sobreviventes do infanticídio
Ajude a enterrar uma criança indígena
Fonte: http://quebrandoosilencio.blog.br/
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Felicidade e Natureza
Foi ali, no coração verde
Mãe-terra gerou sementes
Felizes sementes, vida
Foi por ti, Filho, Criação
Mãe-terra forjou amizades
Felizes amizades, pureza
Foi aqui, no coração humano
Mãe-terra gestou vertentes
Felizes vertentes, sorrisos
Foi por Ti, Pai, Irmão
Mãe-terra festejou melodias
Felizes melodias, gorjeios
Anorkinda
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010

Reescrevendo a história de Brasília no caminho do reconhecimento da presença histórica das etnias indígenas no seu espaço (antes, durante e depois da construção de Brasília), valorizando a diversidade cultural que faz de fato Brasília a capital de todos os brasileiros.
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
O Santuário dos Pajés é um importante ponto de memória e da história indígena do Planalto Central brasileiro e de Brasília, além de ser considerado não apenas pela comunidade do Santuário dos Pajés, mas por índios de outras etnias como ponto sagrado e cósmico de grande força espiritual.
O Planalto Central de Brasília está situado na área ancestral tapuya (índios do tronco lingüístico Macro-Gê) e área histórica das rotas de fuga indígenas de acordo com as histórias de nossos anciãos.
Hoje, o Santuário dos Pajés além da abrigar a tradição, os costumes e a cultura da comunidade tapuya se tornou um ponto de referência cultural de várias etnias indígenas através do intercambio cultural entre os conhecimentos tradicionais indígenas.
PROJETO “Nas Rotas dos Pajés: os Andarilhos da Luz”
Visitações de segunda à sábado (manhã e tarde)
Mais Informações:
www.santuariodospajes.blogspot.com
fonte:
http://www.sitecurupira.com.br/indios.ht
sexta-feira, 5 de março de 2010

Para os guarani é a indígena Nheambiú que virou ave depois da morte do seu noivo Quimbae. Os tupinambá afirmavam que ela trazia notícia dos antepassados e não a matavam. Suas penas servem como preservativos contra a luxúria. Ao vir da puberdade, as moças indígenas assentavam-se sobre a pele retirada a um urutau. Para outras tribos o costume era varrer o chão com as penas da mãe-da-lua.
Os carajá dizem que ela foi a moça Imaeró que tomou a forma do Urutau com ciúme de sua irmã Denaque que se casara com Tainacã, a estrela Vésper, tornado velho e alquebrado, e que pedira noiva e só Denaque o aceitara. Quando Imaeró viu Tainacã moço, forte e bonito, enlouqueceu de raiva e ficou sendo o urutau lúgubre.
Para os indígenas do rio Buopé (Uaupés) afluente do rio Negro no Amazonas, foi o tuxaua Duiruna que se tornou urutau por ter sua mulher Ueundá se transformando no peixe pacutinga ou pacu-branco (Myleus rhomboidalis).
Urutau não tem só um: só no Brasil são cinco espécies, todas pertencentes à família dos nictibiídeos (em latim, Nyctibiidae) e ao gênero Nyctibius, grupo que é restrito às regiões mais quentes do continente americano. São aves exclusivamente noturnas, dotadas de cabeça larga e achatada, bico e pernas pequenos e enormes olhos. As asas e cauda são consideravelmente longas e o corpo robusto e musculoso. A coloração, especial para a camuflagem, apresenta-se acinzentada a marrom, invariavelmente com pintalgos e manchas pretas, cinzentas e marrom-claras de vários tons, tamanhos e formas, dispersas pelo corpo, que é sempre mais escuro na região dorsal .

Arborícolas por excelência, não descem ao solo. Pousam geralmente na ponta de troncos mortos, parecendo um prolongamento destes, mas também em posição transversal a galhos mais grossos, hábito mais reservado ao período noturno; gostam também de estipes de palmeiras mortas e mourões de cerca.
Não constroem ninho. Tudo o que fazem, no período de reprodução, é depositar um único ovo em alguma forquilha de galho grosso a grande altura ou numa cavidade natural de seu poleiro noturno, onde permanecem em atividade de choco. O ovo é esbranquiçado com pequenas manchas cinzento-violáceas e pardacentas, e mede aproximadamente 4,0 x 2,5 cm.
Com o tempo, o jovem vai adquirindo uma cor mais escura e as penas das asas e cauda acabam por se desenvolver por completo após cerca de 50 dias . Trata-se de um dos períodos mais longos entre a desova e o abandono do "ninho" dentre todas as aves da América do Sul, o que pode ser interpretado como uma comprovação da eficiência de sua capacidade de camuflagem (Sick, 1997)
Uma das adaptações mais curiosas encontradas na avifauna brasileira está no fato deles poderem enxergar tudo o que se passa nas imediações de seu poleiro, mesmo estando com os olhos fechados! Tal detalhe não é conhecido em nenhuma outra ave e torna-se ainda mais útil para sua já eficiente camuflagem se considerarmos que o bulbo saliente do olho e arrumação compacta das penas acima dele permitem a visão para cima e para trás, sem necessidade de mexer a cabeça.
Objeto do folclore e do imaginário, o urutau é lembrado também por suas características; uma delas é o formato estranho dos pés, altamente adaptados -parecendo mesmo deformados - e que servem muito bem para a fixação, enquanto permanecem agarrados nos poleiros verticais.

essas aves, porém, ele é extremamente desproporcional ao tamanho da boca, uma vez que é muito pequeno, enquanto essa é enorme, lembrando a de um grande sapo. Numa mãe-da-lua-gigante (Nyctibius grandis), por exemplo, o bico chega a dois centímetros ou pouco mais, enquanto sua boca - aberta - pode alojar um punho cerrado de um homem chegando, portanto, a quase oito centímetros de diâmetro.
http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Urutau
http://blogcaicara.blogspot.com/2009/10/urutau-ave-fantasma.html
http://ricardo5150.blogspot.com/2008/02/espetacular-ave-fantasma.html

Dos lânguidos olhos de Uiara
a vertente clara irrompera.
A vulva da chuva se entreabrira
a benzer o útero dos rios
de ondas dáguas e claras anáguas
desenvoltas em vagas e véus.
Gotas, fontes, líquidos desvios
inundando a terra em sins e cios.
Sob a mão direita de Tupana
veio se acender o setestrelo
e à chuva do mar - a paramana*,
o arco-íris desfez seu novelo.
São perenes fontes, seus olhares.
Lágrimas vertidas - tantos mares.
Aline de Mello Brandão