quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alma de india triste

Peço a Guaraci que me ajude
que me proteja de tamanha dor
e que Jaci de noite me rodeie
que insone vago neste mar de açoite
e ja não sei onde olhar por mim...

Rudá não viu...deixou que ele se fosse...
levando assim meu coração com ele
e desde então o dia virou noite
e meu suplicio vaga mansamente

Meu coração,arrancado do peito...
cortou os céus nas garras de uirapurú
foi dado então a Anhangá
pelos olhos verdes cores deste mar
que deu a Caapora pra esconder na mata

Ainda sinto o coração bater
ele era meu,mas ja não posso ter
está plantado no peito da estrada
onde ninguem jamais poderá ver

ja enchi lagos,cachoeiras,rios
de minhas lagrimas,sempre a rolar
ja chorei tanto por este peito frio...
que fiz o mundo de Boiúna.

Márcia de Sá

.............

Um comentário: