PARAMANA ( no Tupi: a chuva do mar *)
Dos lânguidos olhos de Uiara
a vertente clara irrompera.
A vulva da chuva se entreabrira
a benzer o útero dos rios
de ondas dáguas e claras anáguas
desenvoltas em vagas e véus.
Gotas, fontes, líquidos desvios
inundando a terra em sins e cios.
Sob a mão direita de Tupana
veio se acender o setestrelo
e à chuva do mar - a paramana*,
o arco-íris desfez seu novelo.
São perenes fontes, seus olhares.
Lágrimas vertidas - tantos mares.
Aline de Mello Brandão
Dos lânguidos olhos de Uiara
a vertente clara irrompera.
A vulva da chuva se entreabrira
a benzer o útero dos rios
de ondas dáguas e claras anáguas
desenvoltas em vagas e véus.
Gotas, fontes, líquidos desvios
inundando a terra em sins e cios.
Sob a mão direita de Tupana
veio se acender o setestrelo
e à chuva do mar - a paramana*,
o arco-íris desfez seu novelo.
São perenes fontes, seus olhares.
Lágrimas vertidas - tantos mares.
Aline de Mello Brandão
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